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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Egypt

Every person has a country to live in,
 but me,
 I have a country living inside of me!









I Love Egypt :)






segunda-feira, 21 de novembro de 2011

EGYPTIAN REVOLUTION 2.0





Impossível pra mim não pensar ou não falar sobre o que está acontecendo no Egito!
Durante o dia no meu trabalho, tento me focar no que tenho e preciso fazer - e mesmo isolada da internet e afundada em pensar em contas e em como fazer o Banco do Brasil lucrar mais e ainda sim resolver satisfatoriamente o problemas dos clientes ...eu estou ali com o coração, a alma e o pensamento voltados pro Egito!
Não são poucas as vezes que paro pra pensar em tudo o que este povo está vivendo e como a vida de cada um deles mudou em 2011 e como nós aqui no Brasil muitas vezes é que parecemos alienados e apáticos ao que acontece em nossa volta e não estou falando do Egito - estou falando do que acontece no Brasil mesmo.
Gosto muito do meu país, do jeito alegre, leve e solto das pessoas - mas também me surpreendo com a capacidade dos brasileiros em se preocupar com coisas tão fúteis como: qual a balada que vou pegar no próximo final de semana, quem é que vai cantar lá, - com que roupa eu vou, com quem eu vou - vou aparecer pra quem - vou comer churrasco até me entalar e beber cerveja, batidinha, vodka - até ficar doidão! E eu ainda depois de tudo isso - tenho que ouvir que os egípcios é que são loucos: - "esse povo é louco, é tudo radical"!

-  Radical ???

É radicalismo dar a cara a tapa e ir pra rua pra lutar por uma mudança que quer se ver nas vidas e no país, porque não se suporta mais o esmagamento da economia, a falta de esperança de uma ausência de possibilidades de crescimento e de futuro ? Concordo inteiramente com o post da Marina Faleiros (http://egitoebrasil.com/2011/11/20/revolucoes-sao-sempre-perenes/ )
De que todo o processo revolucionário é dolorido ...a própria palavra revolução - lembra ruptura / quebra/ e isso por si só não é algo que acontece de forma harmônica - é pegar o que está se vivendo, jogar pra cima - pra ver cair no chão e se partir- pra que dos cacos se construa uma nova ordem, uma nova vida.

Como eu mesma falei em um post no Facebook - aqui tenho o conforto de poder fazer uma greve de quase 30 dias e praticamente não enfrentar confrontos - só ter um stress que me afetou e pode ter afetado outros sobre saber ou não se eu teria dinheiro no final do mês pra pagar as minhas contas - já que o Banco ameaçou descontar os dias parados - ter uma pressão de chefe aqui, colegas ali, família acolá ...mas com a plena certeza de que tudo isso ia acontecer e eu com ou sem salário eu teria meu emprego ali de volta me esperando mais dia ou menos dia. O Brasil já teve seu tempo de Egito e só quem viveu isso - talvez saiba valorizar de fato, a estabilidade que vivemos hoje e celebrar as conquistas, ainda que sejamos um país cheio de defeitos políticos, de interesses pessoais que falam mais alto, roubalheiras e afins ... mas ainda sim temos um governo que nos auxilia.
 Tenho uma vida muito, mas muito diferente do que tiveram meus pais. Não sou rica, sou assalariada - fiz meu curso superior, se me organizar posso fazer outra pós, posso estudar, tenho um salário que me sustenta e sustenta a minha família e que me permite direcioná-lo como eu quiser - me permite até sonhar. Já meus pais tem história de trabalho desde muito cedo, de sacrifício e por vezes de fome - se chegaram onde chegaram - sempre foi na base de muito trabalho e pé no chão.
Enfim tudo isso pra dizer e reafirmar, como disse a Marina, que não é fácil jogar sua estabilidade e a sua vida quase tranquila por causa de um ideal, acreditar que as coisas podem ser diferentes e se privar durante essa luta daquilo que bem ou mal antes se tinha - os egípcios são um povo corajoso - podem demorar - mas quando a situação atinge o limite viram a mesa.

Praça Tahrir agora a noite 21/11/11


É por isso que assistimos a essa Segunda Revolução em Novembro - próxima a uma eleição parlamentar - que até agora continua tanto pra nós, ainda mais pra eles - egípcios - incerta! Eleições pra presidente ????
Isso ...só em 2013 e olhe lá - será que vai ter mesmo?! O que aconteceu e está acontecendo agora é que os egípcios perceberam que tirar o Mubarak do poder era só o início e não o fim do processo revolucionário. Ele se foi, mas o exército permaneceu  - com sua mão de ferro ainda mais implacável - trazendo de volta a repressão e a violência de antigamente - mas sem nenhuma inovação pra economia, política ou sociedade - aliás acho que vimos um retrocesso!

Até meu pai me surpreendeu com tudo que me disse hoje a noite depois do noticiário - do auge do seu pouco estudo, mas de sabedoria de vida imensa - me falou: "- Minha filha, o que acontece no Egito é isso, os militares não querem e não vão querer entregar o poder para Civis - durante anos tiveram governo militar e não vai ser agora é que eles vão querer largar esse osso."

Talvez o erro tenha sido mesmo as massas terem deixado as ruas tão cedo - e acreditarem que o povo e o exército eram um só ... agora eles começam a abrir os olhos e perceber que as coisas não são bem assim - que pra construir uma democracia, não se pode substituir apenas uma pessoa, mas deixar todo o sistema que já havia por trás no mesmo lugar: o governo militar!

Eu não sei o que vai acontecer e nem quero arriscar - só sei que amo o Egito - tanto quanto posso amar o Brasil - amo aquele povo - e tudo que vejo me alegra e entristece ao mesmo tempo! Rezo pra que eles encontrem o melhor caminho, que sejam guiados pelo caminho do bem - para construção de uma sociedade melhor pra todos, com oportunidades e que a economia seja reconstruída - não sei quantos anos vai demorar pra isso acontecer, ou quanto tempo - mas se temos o exemplo da Tunísia de que isso é possível - só me resta pensar e rezar pelo melhor e acreditar !!!

Salam !!!





                                     
Tahrir Square 2011-11-21
http://vimeo.com/32478270


Pra saber mais:


http://blogs.aljazeera.net/liveblog/Egypt

- Entregamos o Poder de Bandeja para os Militares - 
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1009996-entregamos-o-poder-de-bandeja-aos-militares-diz-ativista-do-egito.shtml


domingo, 20 de novembro de 2011

Egito: Hora do Lancheeeeeeeeeee !!! :)

Pensei em várias coisas pra postar no Blog, mas as vezes deixo as idéias irem e virem - porque sempre aparece algo melhor! :) Antes de começar - só posso me entristecer com as notícias de hoje de manhã, de que novamente aconteceram conflitos no Cairo e em Alex - as vésperas das eleições (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111120_video_egito_domingo_is.shtml
Sempre soube desde a revolução que o caminho para democracia não seria fácil - por causa dos poderes em jogo, da falta de experiência, das manipulações - mas o que mais dói é ver um povo que tanto homem - sendo morto, e vendo acontecer coisas que antes nem sonhávamos ver no Egito - e dói ainda mais ver a estagnação econômica do país e saber que 45% das pessoas lá está sem emprego ou vivendo com um salário, que não pode ser chamado de salário! Eu sigo rezando e pedindo a Allah, que direcione os egípcios e o Egito e que as pessoas boas e corretas assumam o país - pra que eles construam um futuro e não se enterrem vivos no presente.

Mudando o assunto senão o post não saí ... tudo começou nessa manhã ao procurar uma receita de macarrão por almoço numa revista vegetariana - fui cair nessa idéia do post aqui!
Me tornei vegetariana a uns 5 anos - debaixo de muito falatório e protestos dentro de casa - mas sempre consegui inverter tudo na minha vida pro lado bom...e depois de carregar minha mãe pra cursos de culinária vegetariana, fazer parte na época da SVB (Sociedade Brasileira Vegetariana) e de outros projetos bem bacanas que haviam lá ... até meu pai se convenceu da mudança e se tornou vegetariano, coisa que é até os dias de hoje.

Eu não abandonei os ideais, não dou a mínima pra carne de espécie alguma - e posso continuar vivendo bem sem - mas na segunda visita ao Egito esse ano, tive que rever alguns conceitos e mais por convenções sociais e de educação me vi obrigada a comer frango e peixe - mas que fique claro, no Egito se pode comer muito bem comidas sem carne! Hoje em dia sigo não ingerindo carne vermelha o que também não foi problema a minha conversão ao Islã, porque eu já não comia carne de porco (aliás sempre detestei) - mas raramente como um pedaço de frango e mais comumente peixe: atum, sardinha ou algum tipo de pescada!

No Brasil não é tão simples encontrar carne Halal (é defendido que nesta forma as toxinas do animal não são liberadas para carne no momento do abate- http://www.cibalhalal.com.br/br/frigorificos/abatehalal.html) - mas se eu for discutir só isso já da outro post.

Enfim como as pessoas sempre me perguntam no geral, mas o que você comia no Egito? - é que pensei em escrever. Então vamos lá ...em 2010 como programei a viagem - pedi pra Alitalia refeições vegetarianas no meu voo: SP - Roma e Roma- Cairo ... e a mesma coisa na volta! A comida não foi das melhores, mas pude comer sem me preocupar com o que encontraria no prato:


Saladinha básica, aquela coisa marrom enrolada era uma berinjela ...e sempre vinha esse pão com manteiga e queijo e mais uma saladinha de frutas - tudo bem natureba, mas não tão saboroso como estou habituada! As veze tinha um arroz, uma proteína de soja ...mas não fugiu muito disso. Já este ano pela Air France e pela KLM ... gostei bem mais do cardápio ... ainda que eu não tenha tido tempo de pensar em nada, porque a viagem eu decidi em cima da hora aprovei os cardápios: principalmente nos vôos pro Egito e do Egito para Amsterdan já vinham o aviso de que as refeições não continham carne de porco, por causa dos muçulmanos e ainda que eu tivesse de escolher entre frango ou carne - sempre tinha salada, uma massa ou um arroz, o queijo e o pãozinho e sempre uma sobremesa deliciosa. Acredito que mesmo as refeições ovo-lacteo ou vegan deles - sejam bem saborosas!



Em 2010 como foi a minha primeira viagem internacional e já comecei pelo Egito - então tudo era novidade e eu fotografei tudo que pude! rs Na primeira noite jantei neste restaurante perto das pirâmides, aliás da pra ver elas de lá - mas nessa Av. em todo restaurante que se vá você vai almoçar ou jantar vendo as pirâmides - enfim o nome era Caviar! Lembro de ter tomado uma Água, e ter comido as tradicionais pastas: homus, coalhada com pepino, e pedi uma berinjela com molho de tomate que estava deliciosa, além de arroz e batata frita e pra fechar um sorvetinho de sobremesa - que era de um sabor bem curioso - o sorvete é rosa, mas não era de morango - é de alguma coisa que eu só ouvi falar lá! 



11




Parecido com os nossos, mas estava mais gostoso ...mas de sorvete gostoso - eu diria que é o de Tanta de uma rede de sorveterias chamada "911" - quase não vi o final do copinho: parecia uma Nutela com Bolacha - e se tivesse ficado só nisso, mas depois disso ainda houve um exagero de comer batata frita - essas tipo Ruflles- um doce que lembrava um suspiro, mas que no final amarga e amarra na boca, mas ainda assim é muito bom...somado a comer grão de bico in natura - tipo como você come aqui amendoim ou castanha e ainda cheguei em casa e tinha me esperando uma bandeja com azeitonas, queijos com pão: um que parece um polenguinho e o outro que lembra parmesão mas que dentro da minha ignorância egípcia não lembro o nome - tudo isso regado a Lipton Tea e de sobremesa "Zabad" ou seja Iogurte hehehehe- e mais um potinho desse antes de eu ir dormir e isso eram bem mais de 2 am!! Depois eles não entendiam porque eu não comia !!?? Gente mas como eu não comia, eles não faziam outra coisa a não ser me dar comida hehehehehehehe, eu sentia que ou eu ia explodir ou rolar de tanto comer ... mas confesso que adoro esse "cuidado" egípcio, de quererem que você sinta bem e alimentada, de ir checar antes de dormir se eu estava confortável e quentinha no meu quarto - lembro dessas coisas com toda a ternura possível !!! 

 
911 - em Tanta

Sorveteria perto do Hipermercado Spinneys dentro do City Stars - Cairo


Pra variar batata com pimenta - me faz até chorar!

Mais uma batatinha 

Suco de Pera c/ essa batata que é meu sonho de batatas indo pra Abu Simbel :P

Pra seguir com o meu post de comidas nada saudáveis hehehehe, calma gente lá tem sim comida muito boa e saudável - não vou deixar de fora esse crepe - pra mim era um crepe com chocolate - mas não lembro o nome disso em árabe, me disseram que era pizza hehehehehe e tinha mesmo na versão salgada, com frango ou sei lá o que - mas enfim comi isso na Universidade de Ain Shams - tem pra vender lá dentro na digamos cantina do departamento de Línguas ou Linguagem...



Voltemos então as comidinhas saudáveis ... uma opção barata, tradicional, vegetariana e no meu ponto de vista delicioso é comer o Koshary : arroz, macarrão, lentilha, tomate, temperos - uma cebola frita que é igual a batata palha! Um sonhoooooooo ehehehehehhehe



Falando mais de Tanta e de comidas saudáveis, nunca vou esquecer dessa comida que comi numa casa egípcia, essa abobrinha recheada com arroz e tomate que eles chamam de Mashy verde algo assim, fora isso uma saladinha básica de cenoura, pepino e tomate, mais batata frita de saquinho, e uma salada de macarrão que se come fria, que mais se parece uma sopa rosa. O macarrão pra explicar parece com arroz eu digo o formato, e eles chamam de língua de passarinho! Agora imagine a minha cara quando me disseram come, é língua de pássaro!! Eu: Hannnn? - e já engolindo seco e pensando no tanto de passarinho que morreu pra eu comer aquela tigelinha ...e eu hoje imagino a cara que eu fiz! hehehehhe Aí me disseram- CALMA ...é só o nome ...é um macarrão, pode comer tranquila! Não tirei fotos, porque estava em casa e na casa dos outros e acho chato quebrar a espontaneidade das coisas - não gosto de me sentir turista, de fazer os outros se sentirem um ET - mesmo porque a ET ali era eu mesma - tentando mostrar a maior naturalidade do mundo - sendo que tudo era  "novo" pra mim !!!

Jill and John blog - Abobrinha recheada




Arroz, batata frita , berinjela, abobrinha, cenoura e repolho e Falafellllllllllll
Banana, Morango e Melão

Chafé da Manhã no Trem-leito indo pra Aswan


Dava pra ficar muito e muito tempo falando de comida aqui, porque lá tem de tudo realmente das comidas tradicionais que eu recomendo, a Mac Donanlds, Pizza Hut, KFC e as variações locais pra isso também. Mas de tudo a única coisa que eu lembro que eu comi e não gostei foi comer arroz com canela + batata frita  e legumes - porque no caso eu não quis o frango. Comi porque eu tava com fome, mas quando penso - é algo que não quero voltar a comer! hehehe

E pra fechar o post vou deixar aqui o link - que me fez pensar em tudo isso.

Traditional Egyptian Food Made Vegan



Além de ter outros exemplos de comida tradicional egípcia e ainda por cima vegetarianas ou melhor veganas, no final do post deles tem o endereço no Cairo de um mercado que vende comida orgânica e produtos do tipo e o endereço de um outro em Nova Maadi! Não sei de preços - mas fica a dica se alguém quiser se aventurar:


Alfa Market
www.alfa.com.eg/
4 El Malek El Afdal St.
Landmark: Behind El Zamalek Central
Zamalek, Cairo


Organic & More Supermarket, Zamalek, Cairo




Organic & More
4 Road 261, New Maadi
Cairo , Egypt
Tel: 25170164

E pra quem for vegetariano ou não e se preocupar com estas questões alimentares ao redor do mundo, não deixe de clicar: http://www.couchsurfing.org/ - aqui você pode encontrar pessoas cadastradas que podem te auxiliar mostrando a cidade e lugares onde comer!


Salam - agora vou pro meu lanche: Açaí com banana. morango e uva e leite ninho hehehehehehehehhehe :)







quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aprendendo Árabe !!!

Masaa in Nuur !!! :)

Boa noite, assisti um vídeo que logo adiante irei compartilhar com vocês de uma belíssima palestina chamada Maha que ensina Árabe e Italiano na internet.
Há um bom tempinho atrás lembro de ter me deparado com os vídeos dela pra iniciantes em árabe, mas o post é pra contar como começou o interesse pela língua.
Não deve ser muita novidade, mas a minha imersão na cultura árabe se deu muito comumente há 7 anos atrás por causa da dança ( dança do ventre que se tornou tão popular no Brasil - como o Axé e outras danças e escolhi comparar com o axé, porque continuo pensando ainda que aqui - como talvez em outros lugares ela adquira um perfil de extrema sensualidade - rumando muitas vezes a vulgaridade. Embora eu acredite sim na dança, seja ela qual for - como forma de expressão artística e é por isso que sempre gostei muito de danças folclóricas em geral - porque o simbolismo delas é vasto e apaixonante) - mas voltando, a dança me levou a música. Parei de ouvir Heavy Metal pra escutar música árabe: instrumental, folclórica, romântica, moderna, brega, ou popular heeehee e no começo ouvir árabe era muito similar a ouvir japonês!

Foram longos anos, ouvindo, ouvindo e tentando aprender como cantar - sem entender hehehe - mas conhecer  o Egito, além de todas as mudanças que me causou - me trouxe essa questão da linguagem. Ouvir as conversas, os sons, tentar ler e entender alguma coisa foi apaixonante e desesperador! rs
Foi e ainda é ...se sentir uma criança, não alfabetizada - inteiramente dependente dos "outros".

Em São Paulo capital é mais simples encontrar professores ou centros de cultura árabe, por aqui apesar da forte presença de imigrantes libaneses, alguns sírios e outras poucas nacionalidades árabes espalhadas - não é. Torço há 3 anos pela construção de um centro de cultura sírio-libanesa, que está a caminho - mas não sei quando se concretizará, mas que talvez viabilizará esta questão - há esqueci de dizer - sou de Ribeirão Preto -SP. Aqui há muitas escolas de idioma, mas não existe uma única que ofereça Árabe-Clássico, ou algum outro. As pessoas com quem conversei que fizeram aulas, sempre foram com parentes ou professores de outras cidades e pra minha quase felicidade - eu encontrei um professor aqui, mas pouco tempo depois ....ele se mudou - porque tem justamente sua escola em outra cidade - onde há mesquita.

Ele é Tunisiano, se chama Noureddine (me perdoa pq não sei se escrevi certo) casado com brasileira e mora há mais de 2 anos e meio aqui - estava nos alfabetizando - já que na Tunísia eles mesmos aprendem desde pequenos o Árabe e o Francês. Pra quem se interessar o perfil da escola dele e da esposa no Facebook é: https://www.facebook.com/profile.php?id=100002443944362
 Desenhar literalmente as letras, e se forçar a escrever da esquerda pra direita e ao contrário -sim dá nó na minha cabeça, mas me encanta: o desenho, as variações e o significado. Não ...não é fácil, e é por isso que estou convencida de que eles árabes tem esse dom "natural" pra línguas, quem fala árabe - fala qualquer língua. Eu brinco com meu noivo, que ele falará português - bem antes do que eu falarei o árabe - eu falo uma frase, uma palavra e ele repete instantaneamente corretamente - só com um pouquinho de sotaque e tapando o nariz pra me pentelhar e dizer que a gente fala totalmente anasalado! rs

Infelizmente - meu estudo foi descontinuado com esta mudança, mas é sim pra mim um sonho aprender o árabe, conseguir ler e falar, escrever. Comprei livros e um Box pra tentar seguir sozinha, mas por enquanto ainda fiz bem pouco. O lado prático quem me ensina e me treina é meu noivo - e assim vou aprendendo o coloquial egípcio e me acostumando a ele. Fico feliz agora de ouvir e conseguir identificar e entender algumas coisas ou identificar os sons ...não é mais aquele amontoado de sons de outros planeta - eles começam a ter sentido pra mim e eu falo obviamente muita coisa errada - e ele caí na gargalhada ou as vezes bufa de impaciência ....porque pra ele é tão fácil, como pra mim pode ser tão difícil! rs

Enfim ...ler livros sobre o Islã, ou livros que falam da cultura árabe, assistir filmes em árabe ( mesmo sem legenda) e continuar ouvindo as músicas, ajuda muito neste treino. As próprias orações me ajudaram e ajudam muito a aprender a língua - e um dia eu ainda vou conseguir ler o Alcorão no original, sem precisar ler as traduções - que apenas se aproximam da beleza do que está escrito.

Esta é a beleza de se apaixonar por uma cultura tudo nela te chama a atenção e sua sede de aprender, entender e compartilhar daquilo te faz feliz - acho que por isso aprender uma outra língua é uma experiência mágica se tem vontade de aprender. O inglês aprendi por convenção,  mas garanto que a música é que sempre me ajudou, depois os filmes, textos, internet ... ainda durante a faculdade de turismo que comecei e abandonei e depois as ciências sociais: o Espanhol e o Alemão - o que é claro pra mim é que quanto mais você se identificar, ou gostar de uma língua e desta cultura - mais divertido e melhor será o seu aprendizado!



Tesba7 3la Kher !!!
( Em árabe egípcio é isso que se diz antes de dormir, algo como - "Acorde com algo bom" - essa eu devo ao meu amado prof. Ahmed :P )




Dica de Livros:


* Gramática do Árabe Moderno: Uma introdução - David Cowan - Ed. Globo


* Teach Yourself : Complete Arabic - from beginner to intermediate 
(www.teachyourself.com/arabic)


* 15 minutos Árabe - da Publifolha (esse pra ver e ouvir um pouquinho do árabe egípcio - e aprender  expressões e palavras úteis em viagens).







         




       







 
Entrevista com Maha  - http://www.youtube.com/user/LearnArabicwithMaha


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Bab Al Shams - A Porta do Sol

Curiosamente nessa tarde - vi uma conversa sobre Israel e Palestina e terminei a minha noite assistindo este filme. Não quero expressar opiniões políticas, e muito menos pessoais sobre esta que é uma questão bem delicada. Sou simpatizante da causa palestina, por não concordar com a política adotada pelo Governo de Israel - mas não sou contra o povo Israelita. Continuo pensando que nas guerras, em especial as que envolvem civis - quem paga são aqueles que estão vivendo as suas vidas normais - um banho de sangue - enquanto as autoridades que mandam e desmandam estão seguras são e salvo. Pra mim este é um filme ... poético e belo - falando de uma questão real e por isso imensamente triste! Não sei se as pessoas aqui já pararam pra pensar no sofrimento do povo palestino e não apenas no sofrimento enfrentado pelos judeus durante a segunda guerra. Só de pensar em guerra lembro da minha história familiar....

Da parte de minha mãe sou uma mistura de portugueses, holandeses e Libaneses - mas a história da família da minha mãe é quase obscura pra mim. Sei pouco, muito pouco ...no máximo até o tempo dos meus avós. Da parte do meu pai que tenho a história mais viva ...pois sou neta de Italianos. Meu avô lutou na 1º Guerra Mundial - com apenas 17 anos. Deixou pra nós um diário escrito muitossssss anos depois - numa mistura de português e italiano - a história da Itália ...de como o país se tornou país e não mais um conglomerado de reinos e a nossa história familiar. Quem casou quem, porque ele decidiu vir pro Brasil depois da guerra e a maior parte em si - o que ele viveu durante a guerra. Ele foi da infantaria - lutou no chão - dentro das trincheiras - foi prisioneiro alemão e ficou um bom tempo em um campo de concentração - doente - a família sem notícias dele e ele sem notícias da família. O diário dava pra escrever um filme como tantas outras histórias. Não conheci meu avô, porque ele faleceu com 50 e poucos anos de um infarto fulminante! Sei que ele era muito rígido, recebia uma pensão de guerra porque perdeu os movimentos de uma das mãos por causa de um tiro , que tomou e a bala ficou alojada - braço esse que quiseram quase amputar nesse campo de concentração. E uma das frases que nunca saiu da minha cabeça, quando li este diário foi ele dizer: que quando ele melhorou desse braço que recebeu o tiro, foi transferido p um campo de concentração ao norte e depois disso a uma siderurgica na Alsacia - e lá a mão voltou a piorar. Um dia que estava passando mal, um soldado alemão que ele não sabe quem era chamou um médico p ele ...ele só sabe q era mutilado de um olho e por isso talvez entendesse a dor que ele sofria - diferente de outros oficiais que o empurravam, riam e o mandavam voltar a trabalhar. Ele foi operado diversas vezes, e usavam clorofórmio como analgésico pra ele suportar a dor. O que ele nos disse é que não importa a nacionalidade em todos os lugares você vai sempre encontrar pessoas Boas e Ruins - ele encontrou os dois tipos - mas as boas o ajudaram muito, mesmo sendo do lado inimigo!! Um dia eu penso em fazer um blog ou algo do tipo - pra contar a história desse diário !!! Parece estranho eu comentar tudo isso - mas é que cresci dentro dessa família italiana - com toda interferência que eles podiam fazer em nossas vidas pessoais e como eu rejeitei isso, como eu não aceitei e quis me firmar diferente e me distanciar e ironicamente a vida me conduziu de volta ao princípio de tudo: a religiosidade, a minha língua materna, as relações orgânicas familiares - tudo isso através do Egito, de um egípcio - que fala italiano e sabe mais da Itália do que eu (meu noivo), das relações familiares dele lá e da relação deles e dele comigo - porque cada vez mais eles tem se tornado também minha família e como através disso eu reencontrei o meu passado e a cada dia olho de frente pra ele e recupero histórias e sentimentos, que não foram me permitidos viver pelo tempo ou pela minha incompreensão juvenil !!! Sentimentalismos a parte e contextualizações vou falar do filme em si ....

 A PORTA DO SOL - BAB AL SHAMS - LA PORTE DU SOLEIL



 Gênero: Drama
 Direção: Yousry Nasrallah
Sinopse: Filme retratado em dois episódios, conta a história de Yunis, um velho palestino da resistência que está em coma em hospital nos arredores de Beirute. Sua trajetória é narrada por Khalil, enfermeiro que fica a seu lado dia e noite, recusando-se a admitir que seu herói jamais ganhe consciência novamente. Vemos sua infância, seu casamento com Nahila, sua ausência no momento em que sua vila é destruída em 1948. Na segunda parte, Khalil fala de sua própria vida, sobre a guerra civil libanesa. Trata-se de um filme de ficção, mas que tem como pano de fundo a história palestina e mostra, com clareza e beleza, imagens difusas ao longo dos anos de ocupação. Mostra a humanidade e, com delicadeza, o enorme sofrimento de um povo que perde o seu lar e a sua pátria. (Egito/Palestina/França, 2006, Cor, 260min)

O filme é uma adaptação da novela de mesmo nome publicada por Elian Khouri em 1998, mas o filme é de 2004 e o diretor é egípcio. Esta versão tem legendas que não são as melhores, mas permitem o entendimento - se bem que as imagens já falam por si só e diria que o relacionamento entre Yunis e Nahila é uma metáfora para a própria história da Palestina (Falastin) - que você precisa perder o seu amor, ou a sua terra - estar afastado dela - para dar valor e sentir o quão precioso era viver lá, vivenciar este amor.

Cabe dizer que o filme tem uma continuação chamado Bab Al Shams Al Awda - que eu estou procurando pra assistir com legendas, mas ainda não encontrei. Este segundo filme é mais contemporâneo, em que Khalil, um orfão, é atraído pela figura paterna de Yunis - e com ele e torna um lutador. Mas graças a guerra civil libanesa Khalil passa mais tempo lutando contra os libaneses do que contra os israelenses. É um filme mais corajoso e mais crítico do que o primeiro e a crítica diz ser também mais agradável - se achar as legendas - postarei!



domingo, 13 de novembro de 2011

O tempo é que mostra o que realmente valeu a pena, o tempo nos ensina a esperar, o tempo apaga o efêmero e acaba com a dúvida.



"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és... E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"P.Coelho

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ana bashak el gouna - Eu adoro cantar :))

Passando por aqui só pra deixar umas músicas :)

Não tenho tido tempo pra escrever aqui, porque as horas a mais de trabalho estão me consumindo e me consumirão até dezembro, então no tempo livre - por mais que eu queria ver filmes, documentários, ler ...eu acabo mesmo é desabando de cansaço no sofá ou na cama e dormindo ...mas prometo em breve retornar com novidades.

A única coisa que não mudei com meu cansaço é falar com meu Noivo, porque também pudera !!! rs

Vou postar 2 clipes da Amal Maher https://www.facebook.com/AmalMaher?ref=ts&sk=wall

Um que meu noivo me mandou e este outro meio "estranho" que encontrei - mas gostei apesar de toda estranheza ... E fui ...porque nem é tão tarde, mas é hora de dormir !!! rs

Haaaaaaaaaaaaaaaaa vou aproveitar e postar aqui também uma música do Tamer Hosny ...eu sei que ele não é muito bem visto no Egito, e que a maioria das pessoas acha ele bem Fake ...hehehee - julgamentos a parte - gosto de alguns filmes e músicas dele, por isso posto esta que e bem especial pra mim - e que sempre vai me trazer uma boa sensação, um bom sentimento - uma lembrança de como e onde tudo começou! :)
Haaaaaa esse é meu ring no celular, pode ser brega - mas eu gosto: tomo cada susto ....kkkkkkkk - e o mais engraçado é as pessoas que trabalham comigo, imitando quando toca ... :P

Salama!!!


Videos - Amal







Tamer Hosny 3arfet taghyar - تامر حسني عرفت تغير 2011



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Suspeito


Seguindo com meu propósito de comentar os filmes e os livros que tenho devorado - vai aqui mais um deles.

Não sei se gostei de assisti-lo ... como li depois em algumas críticas - acho que não me emocionei no máximo só me entristeci mais ...mas minha tristeza vem de outros campos.

Tenho vivido dias bem difíceis e totalmente incertos - somados a isto extremamente solitários - não que a solidão seja ruim - já vivenciei isto de outras formas no final da minha universidade em 2004 e foi dolorido - mas ao final saí mais forte ...mas o período de turbulência é sempre como estar dentro de um liquidificador - se partindo em mil pedaços.

Paro pra olhar pra minha vida a 1 ano atrás, ou no começo deste e o quanto ela mudou de um ponto ao outro através das minhas escolhas. Eu acredito em destino e acredito em escolhas e acredito mais ainda que tudo acontece por um propósito - pra nos fazer crescer e nos tornar melhores.
Tanta coisa mudou e não me arrependo pelas mudanças ...mas lidar com certos fatos tem sido doloroso.
É muito duro lidar com a não aceitação dos outros, ou a rejeição ... ou talvez tudo isto esteja em mim mesma - mas só sei que olho pra trás e tenho a certeza de que o que vivi nestes 7 anos - não tem mais identificação com o que eu quero viver hoje.
Olho o comportamento das pessoas, suas condutas e percebo que não é isso que eu quero pra mim.
É isso que está doendo ...ter que enxergar certas verdades, realidades e admitir que não quero isso pra mim e ainda ter a certeza de que só "servi" - só fui amiga - quando eu estava servindo a um único propósito - que não era meu essencialmente e que agora que decidi não servir ... fui descartada e continuo sendo acusada.
Não sei mesmo o que dizer, além de reconhecer que é o fim de um ciclo de um tempo ...que teve muitas coisas boas e também as suas coisas ruins - não me ressinto da arte e nem do bom que ela me trouxe e traz a tantas pessoas, a ela dedico a minha eterna admiração e o meu amor eterno - mas me ressinto das condutas pessoais e que me conduziram ao meu tempo de isolamento.
Não sei mesmo quais serão ainda os rumos da minha vida - pra onde vou, o que farei, o que vai acontecer na  próxima cena ... não tenho mais certezas, só dúvidas e possibilidades e uma vida pra viver pela frente - agora é simples: me preocupo em dormir e acordar pra ir trabalhar - cumpri-lo, em ler, ver, pensar ...em estar com o meu silêncio e viver melhor o que ainda tenho pra viver: meus pais, meu lar, meus bichos e meu relacionamento, e as poucas e verdadeiras amizades que me restaram - a única certeza que tenho nestes dias é Deus - seu Amor por nós - e que tudo nessa vida passa, acaba, muda ....e que do pó viemos pra um dia retornar.

Não vou dizer muito mais ... porque estou num dia triste ...completamente triste ... deixo a dica do filme que assisti hoje, só gostei dele pelas partes do Egito, as críticas aos governo americano também são válidas ... o esteriótipo terrorismo - batido-  todo o resto pra mim foi dispensável - é um filme quadrado - no quesito emoção - Rede de Mentiras da de 10 a 0 !!!

O SUSPEITO - RENDITION - 2007

"O egípcio Anwar El-Ibrahimi (Omar Metwally), suspeito de ser terrorista, desaparece misteriosamente num vôo da África do Sul com destino a Washington. A esposa dele, a americana Isabella (Reese Witherspoon), viaja imediatamente para Washington para descobrir as razões do desaparecimento do marido. Ao mesmo tempo, um agente da CIA começa a questionar seu trabalho, após testemunhar um método de interrogatório pouco ortodoxo numa base estrangeira. O interrogado, no caso, é justamente El-Ibrahimi.

No Egito, um atentado terrorista deixa dezenas de mortos e feridos. Um químico residente nos EUA é tido como suspeito e é "desaparecido" pelo FBI. As autoridades americanas se recusam a dar qualquer tipo de explicação para a desesperada esposa do rapaz. E, enquanto isso, um agente especial do governo tenta descobrir algum resquício de humanidade em meio a este caos mundial e pessoal. Este é o painel de relacionamentos humanos e políticos proposto pelo filme O Suspeito escrito pelo praticamente estreante Kelley Sane e dirigido por Gavin Hood, o cineasta sul-africano que dirigiu Infância Roubada de Hollywood (incluindo os premiados Jake Gyllenhaal, Reese Witherspoon e Meryl Streep) e do forte lançamento no mercado norte-americano (onde estreou em mais de 2 mil salas),

O Suspeito;não conseguiu captar o interesse do público, que deixou menos de US$ 10 milhões nas bilheterias daquele país. Tamanha frieza pode ser explicada por dois fatores básicos. Primeiro: as platéias americanas de uma maneira geral não estão preparadas para ver, num filme, que seu país também usa métodos cruéis e desumanos de tortura para arrancar informações sigilosas de quem quer que seja. Também não faz parte do paladar médio americano ver seu governo praticando as mais impensadas atrocidades contra as liberdades humanas. Tais temas "caem muito bem" quando os filmes enfocam republiquetas latino-americanas ou, como reza a moda ultimamente, um país qualquer da África. A própria sujeira, na própria casa, ninguém quer ver.

O segundo motivo - talvez mais claro e certamente menos político - pode ser explicado por questões meramente cinematográficas: o filme, na verdade, não emociona. Seu roteiro é matemático e esquemático como um manual de Syd Field e sua direção fria e burocrática passa longe de qualquer criatividade estilística e/ou narrativa, muitas vezes assemelhando-se, estruturalmente, a uma mediana minissérie feita para televisão. Por mais que Jake Gyllenhaal e Reese Witherspoon caprichem em suas interpretações,não decola e não arrepia. Nem chega perto a - só para citar um exemplo - de Desaparecido - Um Grande Mistério, filme que Costa-Gravas fez para denunciar uma situação semelhante acontecida no Chile.

Acontece com aquilo que ocorre na maioria das interpretações de Meryl Strep: tecnicamente, irrepreensível. Mas cadê a emoção?








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