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domingo, 8 de julho de 2012

A Cidade do Sol


    Em setembro de 2011 ganhei da minha amiga Drika, esse livro de presente de aniversário junto de uma orquídia e barras de chocolate belga! A orquídia esta até hoje em casa com as outras flores, vivendo, o chocolate acabou rápido, mas o livro só fui saborear neste ano.
    Já havia assistido e não lido o Caçador de Pipas que é do mesmo autor e talvez isso tenha impulsionado a minha curiosidade pela leitura, comecei vagorasamente a leitura e quando percebi já estava completamente envolvida e imersa nela e quando realizei o livro acabou!!!
    Foram muitas as mulheres que me escreveram comentando a beleza desse livro no Facebook e o quanto elas choraram com a leitura, e sim eu fui mais uma ...chorei muito, porque há temas humanos e coisas que nós passamos de uma forma ou de outra, mas em especial - em certas partes me vi naquelas linhas - minha longa espera, e minha vida nas mãos de outros, e o muito pouco que posso fazer nesse momento, além de esperar !!!!
    A Cidade do Sol (Cabul) ou A Thousand Splendid Suns - fala de duas vidas aparentemente diferentes e sem ligação que durante a invasão russa do Afeganistão até o período da chegada dos Talibãs irão se encontrar. Mariam e Laila são as protagonistas desta história, com vidas completamente diferentes e que por obra do destino acabam por viver uma vida igual. O livro apresenta um excelente relato histórico desde a década de 70 até os dias atuais sobre o Afeganistão e tudo que a população viveu.
   A riqueza de detalhes com que a violência é descrita e a própria vivência da guerra são pertubadoras, e me fez pensar em quão miserável se tornou a vida daquelas pessoas ou de nossas personagens, e ao mesmo tempo como a poesia é capaz de estar presente em meio as vidas e situações mais difícies e a esperança prevalece até o final. É um livro capaz de inspirar as pessoas das mais diversas maneiras, e de nos trazer a uma realidade dura e cinza, muitas vezes de ser imaginada pra pessoas que nasceram eviveram em países com o Brasil, em que a vida mesmo na dificuldade tem sempre um quê de festa e de celebração.
   Através desse livro o autor quis mostrar um pouco do que é a vida dos refugiados, seja do Afeganistão ou outros países, que são forçados a deixar seu país, seu lar e tem sua vida familiar e social dilaceradas pelas guerras. Fica a dica pra quem quiser conhecer o trabalho da UNHCR com os refugiados - http://www.UNrefugees. org

   Eu me despeço com uma dos trechos que me marcou - 

"Para matar o tempo, Laila consertou a tela da porta, já que "Babi" parecia ter esquecido. Tirou os livros dele ta estante, limpou tudo e os arrumou de volta em ordem alfabética. Foi até a rua das Galinhas com Hasina, Giti e a mãe de Giti, Nila que era costureira e, às vezes, vinha costurar com "Mammy". Foi nessa semana que Laila se convenceu de uma verdade: de todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar."