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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Suspeito


Seguindo com meu propósito de comentar os filmes e os livros que tenho devorado - vai aqui mais um deles.

Não sei se gostei de assisti-lo ... como li depois em algumas críticas - acho que não me emocionei no máximo só me entristeci mais ...mas minha tristeza vem de outros campos.

Tenho vivido dias bem difíceis e totalmente incertos - somados a isto extremamente solitários - não que a solidão seja ruim - já vivenciei isto de outras formas no final da minha universidade em 2004 e foi dolorido - mas ao final saí mais forte ...mas o período de turbulência é sempre como estar dentro de um liquidificador - se partindo em mil pedaços.

Paro pra olhar pra minha vida a 1 ano atrás, ou no começo deste e o quanto ela mudou de um ponto ao outro através das minhas escolhas. Eu acredito em destino e acredito em escolhas e acredito mais ainda que tudo acontece por um propósito - pra nos fazer crescer e nos tornar melhores.
Tanta coisa mudou e não me arrependo pelas mudanças ...mas lidar com certos fatos tem sido doloroso.
É muito duro lidar com a não aceitação dos outros, ou a rejeição ... ou talvez tudo isto esteja em mim mesma - mas só sei que olho pra trás e tenho a certeza de que o que vivi nestes 7 anos - não tem mais identificação com o que eu quero viver hoje.
Olho o comportamento das pessoas, suas condutas e percebo que não é isso que eu quero pra mim.
É isso que está doendo ...ter que enxergar certas verdades, realidades e admitir que não quero isso pra mim e ainda ter a certeza de que só "servi" - só fui amiga - quando eu estava servindo a um único propósito - que não era meu essencialmente e que agora que decidi não servir ... fui descartada e continuo sendo acusada.
Não sei mesmo o que dizer, além de reconhecer que é o fim de um ciclo de um tempo ...que teve muitas coisas boas e também as suas coisas ruins - não me ressinto da arte e nem do bom que ela me trouxe e traz a tantas pessoas, a ela dedico a minha eterna admiração e o meu amor eterno - mas me ressinto das condutas pessoais e que me conduziram ao meu tempo de isolamento.
Não sei mesmo quais serão ainda os rumos da minha vida - pra onde vou, o que farei, o que vai acontecer na  próxima cena ... não tenho mais certezas, só dúvidas e possibilidades e uma vida pra viver pela frente - agora é simples: me preocupo em dormir e acordar pra ir trabalhar - cumpri-lo, em ler, ver, pensar ...em estar com o meu silêncio e viver melhor o que ainda tenho pra viver: meus pais, meu lar, meus bichos e meu relacionamento, e as poucas e verdadeiras amizades que me restaram - a única certeza que tenho nestes dias é Deus - seu Amor por nós - e que tudo nessa vida passa, acaba, muda ....e que do pó viemos pra um dia retornar.

Não vou dizer muito mais ... porque estou num dia triste ...completamente triste ... deixo a dica do filme que assisti hoje, só gostei dele pelas partes do Egito, as críticas aos governo americano também são válidas ... o esteriótipo terrorismo - batido-  todo o resto pra mim foi dispensável - é um filme quadrado - no quesito emoção - Rede de Mentiras da de 10 a 0 !!!

O SUSPEITO - RENDITION - 2007

"O egípcio Anwar El-Ibrahimi (Omar Metwally), suspeito de ser terrorista, desaparece misteriosamente num vôo da África do Sul com destino a Washington. A esposa dele, a americana Isabella (Reese Witherspoon), viaja imediatamente para Washington para descobrir as razões do desaparecimento do marido. Ao mesmo tempo, um agente da CIA começa a questionar seu trabalho, após testemunhar um método de interrogatório pouco ortodoxo numa base estrangeira. O interrogado, no caso, é justamente El-Ibrahimi.

No Egito, um atentado terrorista deixa dezenas de mortos e feridos. Um químico residente nos EUA é tido como suspeito e é "desaparecido" pelo FBI. As autoridades americanas se recusam a dar qualquer tipo de explicação para a desesperada esposa do rapaz. E, enquanto isso, um agente especial do governo tenta descobrir algum resquício de humanidade em meio a este caos mundial e pessoal. Este é o painel de relacionamentos humanos e políticos proposto pelo filme O Suspeito escrito pelo praticamente estreante Kelley Sane e dirigido por Gavin Hood, o cineasta sul-africano que dirigiu Infância Roubada de Hollywood (incluindo os premiados Jake Gyllenhaal, Reese Witherspoon e Meryl Streep) e do forte lançamento no mercado norte-americano (onde estreou em mais de 2 mil salas),

O Suspeito;não conseguiu captar o interesse do público, que deixou menos de US$ 10 milhões nas bilheterias daquele país. Tamanha frieza pode ser explicada por dois fatores básicos. Primeiro: as platéias americanas de uma maneira geral não estão preparadas para ver, num filme, que seu país também usa métodos cruéis e desumanos de tortura para arrancar informações sigilosas de quem quer que seja. Também não faz parte do paladar médio americano ver seu governo praticando as mais impensadas atrocidades contra as liberdades humanas. Tais temas "caem muito bem" quando os filmes enfocam republiquetas latino-americanas ou, como reza a moda ultimamente, um país qualquer da África. A própria sujeira, na própria casa, ninguém quer ver.

O segundo motivo - talvez mais claro e certamente menos político - pode ser explicado por questões meramente cinematográficas: o filme, na verdade, não emociona. Seu roteiro é matemático e esquemático como um manual de Syd Field e sua direção fria e burocrática passa longe de qualquer criatividade estilística e/ou narrativa, muitas vezes assemelhando-se, estruturalmente, a uma mediana minissérie feita para televisão. Por mais que Jake Gyllenhaal e Reese Witherspoon caprichem em suas interpretações,não decola e não arrepia. Nem chega perto a - só para citar um exemplo - de Desaparecido - Um Grande Mistério, filme que Costa-Gravas fez para denunciar uma situação semelhante acontecida no Chile.

Acontece com aquilo que ocorre na maioria das interpretações de Meryl Strep: tecnicamente, irrepreensível. Mas cadê a emoção?








http://www.cineclick.com.br/criticas/ficha/filme/o-suspeito-2007/id/1707"

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